por Tiago Cordeiro - blog da Superinteressante - link com a matéria
“Por fim, Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine ele os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todos os animais selvagens e os répteis que rastejam sobre a terra’.” Está na Bíblia e faz parte da cultura ocidental. Há séculos estamos acostumados a pensar em nós mesmos como seres superiores, criados de acordo com um padrão divino. Animais eram os outros, nós nunca. No século 19, Charles Darwin e a genética nos ensinaram que não é bem assim. O naturalista britânico causa polêmica até hoje com a idéia de que somos apenas o resultado da evolução de outros bichos. Ele é amparado pelas análises de DNA. O código genético humano é tão parecido com o do chimpanzé, que uma equipe de cientistas americanos defende que esses macacos deveriam ser incluídos no gênero homo. Agora a ciência está derrubando, com uma velocidade espantosa, o último refúgio onde ainda nos sentíamos seguros: a mente. Estamos descobrindo que, em termos de inteligência, cognição e psicologia, não somos tão especiais.
Os bichos não são assim tão diferentes de nós. Sabemos agora que os peixes, as aves, os animais domésticos, todos os animais selvagens e os répteis que rastejam sobre a terra têm memória, personalidade e linguagem. As formas de comunicação dos golfinhos são tão desenvolvidas, que se suspeita que eles tenham nome próprio – e, por definição, um ser capaz de dar nome a si e a seus semelhantes tem noção de identidade. Os golfinhos também mantêm tradições culturais, desenvolvidas em sociedade e transmitidas através das gerações. Os polvos desenvolvem a atividade repetitiva, e aparentemente inútil, usada por animais de grande inteligência para explorar o mundo e refinar suas habilidades motoras, que nós chamamos de brincar.
( legenda da imagem: macaco pensador link )
Os primatas dominam um senso rústico de justiça e sentem ciúmes quando acham que não foram recompensados como deveriam. Também percebem quando outro bicho precisa de ajuda. Mais: um macaco tem consciência de existir. Diante de um espelho, ele percebe que aquela imagem que ele vê não é um outro bicho, mas seu próprio rosto. Um bicho que se reconhece como ser individual e entende que o outro precisa de ajuda não só tem psicologia própria, como está a um passo de entender a psicologia dos outros. O que significa que é provável que os macacos tenham empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro indivíduo e imaginar o que ele está pensando. Para isso, é preciso elaborar a chamada teoria da mente, algo que nós sempre consideramos uma capacidade exclusiva nossa.
Os bichos não são assim tão diferentes de nós. Sabemos agora que os peixes, as aves, os animais domésticos, todos os animais selvagens e os répteis que rastejam sobre a terra têm memória, personalidade e linguagem. As formas de comunicação dos golfinhos são tão desenvolvidas, que se suspeita que eles tenham nome próprio – e, por definição, um ser capaz de dar nome a si e a seus semelhantes tem noção de identidade. Os golfinhos também mantêm tradições culturais, desenvolvidas em sociedade e transmitidas através das gerações. Os polvos desenvolvem a atividade repetitiva, e aparentemente inútil, usada por animais de grande inteligência para explorar o mundo e refinar suas habilidades motoras, que nós chamamos de brincar.
( legenda da imagem: macaco pensador link )
Os primatas dominam um senso rústico de justiça e sentem ciúmes quando acham que não foram recompensados como deveriam. Também percebem quando outro bicho precisa de ajuda. Mais: um macaco tem consciência de existir. Diante de um espelho, ele percebe que aquela imagem que ele vê não é um outro bicho, mas seu próprio rosto. Um bicho que se reconhece como ser individual e entende que o outro precisa de ajuda não só tem psicologia própria, como está a um passo de entender a psicologia dos outros. O que significa que é provável que os macacos tenham empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro indivíduo e imaginar o que ele está pensando. Para isso, é preciso elaborar a chamada teoria da mente, algo que nós sempre consideramos uma capacidade exclusiva nossa.
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